A catarata é caracterizada pela opacificação do cristalino, resultando na diminuição da transparência e, consequentemente, uma redução progressiva da acuidade visual. Esta condição é frequentemente associada ao processo de envelhecimento, mas também pode ser secundária a fatores como diabetes, uso prolongado de corticosteroides, traumas oculares, entre outros.

A indicação para cirurgia de catarata é baseada não apenas na acuidade visual comprometida, mas também na avaliação da qualidade de vida do paciente, considerando dificuldades em atividades diárias como dirigir à noite ou ler. A decisão é reforçada por exames detalhados que avaliam a densidade da catarata e a saúde ocular integral.

A cirurgia de catarata é um dos procedimentos mais seguros e eficazes na medicina moderna. A facoemulsificação com implante de lentes intraoculares personalizadas, resulta em uma taxa de sucesso superior a 98%.

A recuperação visual inicia-se geralmente dentro de 24 a 48 horas, com a maioria dos pacientes atingindo uma visão funcional em até uma semana. A estabilização completa da visão e a adaptação à nova lente intraocular, porém, em alguns pacientes podem levar até 1-3 meses.

Afim de avaliar os resultados da primeira cirurgia e minimizar o risco de complicações, a prática mais indicada é realizar o procedimento em momentos distintos.

As lentes intraoculares são projetadas para durar a vida inteira do paciente. Feitas de materiais biocompatíveis, como o acrílico, essas lentes não sofrem degradação significativa ao longo do tempo.

Sim, existem lentes intraoculares multifocais que podem corrigir a presbiopia, permitindo ao paciente uma visão de boa qualidade tanto para longe quanto para perto, e reduzindo (ou até eliminando) a necessidade de óculos para leitura.